Os folículos capilares que você tem provavelmente serão os únicos que você terá em toda a sua vida. Embora algumas pesquisas em ratos tenham mostrado que causar um ferimento poderia resultar na formação de novos pelos, isso ainda não foi comprovado em seres humanos e os pesquisadores não acreditam que novos folículos capilares possam se desenvolver em adultos, até este momento.
Por isso o Transplante Capilar deve ter um planejamento consciente de que a calvície é progressiva e que a área doadora é limitada, afinal o procedimento redistribui os folículos capilares, não cria mais.
Quando o folículo é retirado para ser transplantado na área calva, ele precisa estar íntegro para que cresça saudável no novo local, portanto o médico deve ter extrema habilidade cirúrgica para não perder (transeccionar) nenhum folículo. Caso haja dano folicular, esse folículo é perdido. A técnica FUE tem índice de transecção maiores do que a FUT, já que o cirurgião deve ‘calcular’ onde e como a raiz do cabelo está para fazer a incisão corretamente sem causar nenhum dano.
Apesar de aparentar sem simples, a FUE necessita de profundo conhecimento médico e anos de treinamento cirúrgico para ser bem-feita. Portanto apenas médicos com especialização estão capacitados para realizar o procedimento sem causar prejuízos ao paciente.
A FUT, como retira uma faixa do couro cabeludo e os folículos são separados com o auxílio de microscópio 3D, o risco de dano é menor. Mas a equipe que realiza a lapidação deve ter treinamento especializado e os equipamentos utilizados devem ser modernos.
Para que os folículos capilares se formem, uma coleção de células-tronco é instruída a iniciar o processo de especialização e a primeira indicação visível disso é a formação de um broto epitelial (pele) na superfície externa do embrião. O folículo também desenvolve uma glândula sebácea que fornecerá lubrificação (oleosidade) para o fio que crescerá.
Utilizar apenas unidades foliculares é um dos maiores divisores na evolução do Transplante Capilar: saem os ‘tufos’ (enxertos com várias unidades foliculares) que produziam o ‘cabelo de boneca’ e entram as unidades foliculares que possibilitam alcançar resultados ultra-naturais.
O grande desafio para o cirurgião é reconhecer as necessidades de cada paciente para então recriar com naturalidade o cabelo. Além disso, é preciso respeitar as características individuais, tais como formação óssea, tipo de cabelo e idade para que o desenho do novo cabelo realmente encaixe no rosto do paciente.
Por ser um dos procedimentos estéticos mais procurado pelos homens, o Transplante Capilar vem sendo feito em ‘linha de montagem’ e por pessoal não-médico. Esta prática além de ser ilegal na maior parte dos casos, traz diversos riscos à saúde e à estética do cabelo a longo prazo.
Apesar do Transplante Capilar estar em um patamar altíssimo de satisfação entre os pacientes, é importante ressaltar que cirurgia só com cirurgião especializado.
Instruído por sinais moleculares, o folículo se desenvolve em um ângulo específico em relação à superfície da pele, e não verticalmente como as cerdas de uma escova. Então, músculos minúsculos se desenvolvem na pele presa ao folículo para poder puxar o cabelo para cima. Isso acontece em resposta a temperaturas externas frias, quando o fio é puxado para cima para formar uma camada térmica para dar à pele uma melhor proteção contra o ar frio. Também acontece quando o corpo produz epinefrina como resultado de uma situação de risco.