Calvície

Alopecia Androgenética

A calvície é hereditária, mas outros fatores podem desencadeá-la

A calvície pode ser impulsionada por fatores hormonais e genéticos. Em geral, quanto mais severo é o grau, mais precocemente a perda capilar se inicia.

Basicamente, o que causa a calvície (alopecia androgenética) é um hormônio masculino chamado DHT (di-hidro-testosterona), que causa o afinamento progressivo dos fios. O quadro clínico clássico da calvície começa com a diminuição da velocidade de crescimento dos cabelos na área acometida.

A calvície pode necessitar apenas tratamento clínico, cirúrgico ou de ambos.

Imagem Calvície

Como a calvície ocorre

A calvície trata-se basicamente do hormônio masculino agindo sobre a herança genética que condiciona a calvície. É por isso que o quadro se inicia após a puberdade, quando o hormônio (normalmente a testosterona), se liga ao receptor de androgéno e desencadeia a enzima 5-alfa-redutase para converter a testosterona em di-hidrotestosterona (DHT). É o DHT que desempenha o papel mais ativo na calvície.

É como se os hormônios, dissessem aos receptores para produzir menos cabelo. Consequentemente, os ciclos de crescimento são encurtados, e os fios vão nascendo cada vez mais finos e menores, até parar a produção capilar naquele folículo. Por isso muitos tratamentos clínicos contra calvície são feitos com inibidores de DHT e anti-andrógenos, que inibem e/ou controlam a sua ação.

Graus de calvície

Geralmente, a calvície se inicia pelas entradas, com o afinamento dos fios de cabelo e por fim com a queda progressiva destes e a substituição por fios cada vez mais finos até chegar a uma fina penugem (Norwood grau II). As laterais da cabeça na região das entradas também são frequentemente atingidas. Depois, as “entradas” tendem a se fundir logo atrás do “topete”, deixando uma “ilha” de cabelo (Norwood graus III, IV e V).

Com o avanço das entradas, uma rarefação e afinamento na coroa começam a ser percebidos e por fim, ocorre uma fusão das entradas com a coroa (Norwood IV a VII). Alguns pacientes apresentam uma calvície que se inicia pela “coroa” (Norwood III vértex) e somente depois atinge as entradas. Alguns homens, ao invés das clássicas “entradas”, apresentam um recuo total uniforme da linha anterior do cabelo, “aumentando” a testa progressivamente (Norwood IIa, IIIa, IVa e Va) e somente depois atinge a coroa. Outros podem apresentar uma calvície de início mais difuso, atingindo o topo da cabeça e poupando a linha da frente, como geralmente ocorre na calvície feminina.

Imagem Graus de Calvíce

Tratamento clínico e transplante capilar

O mais importante é iniciar o tratamento o quanto antes, de preferência assim que perceber queda acentuada (mais de 100 fios por dia) ou diminuição do volume. O tratamento clínico irá estabilizar a queda da calvície e até reverter parte da perda, melhorando o aspecto físico em até 20-30%. O paciente perceberá uma melhora a partir dos seis meses e até dois anos de tratamento. Depois, o efeito diminui e ocorre um lento declínio, com progressiva perda capilar. Embora seja possível uma melhora visível da calvície com o tratamento contínuo, ela é geralmente discreta e não permanente. Ainda assim, vale a pena manter o tratamento clínico para retardar a queda, pois a outra alternativa é deixar seguir a evolução natural.

Dizer que o Transplante Capilar isoladamente resolverá tudo também não é realista, a não ser que a calvície esteja estabilizada, uma vez que o cabelo transplantado é bastante estável. Se sua calvície ainda está ativa, poderá resolver a curto prazo, mas depois com a progressão novas áreas calvas poderão surgir. Assim, o ideal seria associar o transplante capilar ao tratamento clínico, quando necessário.

Cada caso é um caso e requer tratamentos específicos. Por isso é importante que você jamais se automedique e busque ajuda de dermatologista especializado.